Em nossa vida temos momentos de “branco” no cérebro. São acontecimentos em que, se pudéssemos voltar, teríamos mil opções para que as coisas não se transformassem em coisas marcantes e ruins, mas infelizmente só temos as idéias muito depois.
Num sábado de 2002, minha filha que havia acabado de tomar banho, veio ao meu quarto e me convidou para ir com ela à missa das 18 h. Concordei e fui me preparar. Fui até o banheiro dela e tentei pegar um xampu que estava dentro do box.
Ele é retangular e a porta se abre de canto deixando o porta xampus no fundo. Há uma janela com grade na parede, e eu não querendo molhar o chinelo que calçava, não entrei, pus minha mão esquerda na parede de azulejos e tentei pegá-lo com a direita sem pisar na parte rebaixada que se encontrava muito úmida.
Muito mais úmido estava o azulejo que fez com que minha mão escorregasse e eu desabasse com todo o corpo de lado dentro do box. Segundo o meu marido foi um verdadeiro “estrondo” e ele pensou que eu tinha quebrado todos os dentes, pois caí com o rosto no chão. Entendam esse barulho como: “bati também no box” que é de blindex, não de uma “baleia quebrando o chão”. Por favor, sou grandinha, mas nem tanto.
Seria cômico se não tivesse sido tão trágico
Não conseguia levantar, por mais que todos tentassem me ajudar, e na hora a maior dor que senti foi no meu ombro direito. Por que eu não havia segurado na grade da janela ao invés de só me afirmar no azulejo? Não pensei na hora. Foi tudo muito rápido.
Quando conseguiram me tirar de lá, tinha um ferimento no joelho, outro no queixo (não havia quebrado nenhum dente, graças a Deus) e não conseguia mover meu braço. A dor era insuportável. Depois de algum tempo, sem que a dor passasse, resolvemos ir ao pronto-socorro. Foram feitos alguns exames e nada de grave apareceu. Apenas luxações de tendões, o que resultaria numa tipóia por uma semana ou um pouco mais e alguns cuidados, no máximo.
Mas, infelizmente, não foi tão simples assim...
Então começaram as nossas maratonas. Digo assim porque esse tombo afetou toda a família e conforme as coisas forem ficando claras, tudo será entendido. Foi assim o início do “meu probleminha de saúde”.
Este ano, estamos completando 8 anos de maratonas em médicos especialistas, fisioterapias, hidroterapias, acupuntura, tratamentos de analgesia, e nada se resolveu, pelo contrário, parece que a coisa piora cada vez mais. O que me faz continuar é o carinho que tenho da minha família, dos médicos que nunca me abandonaram e dos amigos. Mas quero e preciso salientar uma força Divina muito grande que também não me abandona. Quando quero fraquejar, tenho todos por perto. Mesmo com dor, felicidade, amor e Deus, não faltam por aqui.
Já estava na hora de explicar como tudo aconteceu, ou seja, como tudo começou.
Bjs no coração!
Nilce
4 comentários:
Boa tarde,Nilce!
A vida é como se fosse um flax,tudo muito rapido você tem todo cuidado do mundo e derepente já aconteceu, eu si exatamente como aconteceu com vc.
Eu estava limpando minha cozinha no 1º sabado de agosto de 2009 e travei minha coluna indo parar m um ortopedista além disso já tive até que fazer empréstimo para comprar medicamentos e exames e as dores desde então só aliviam o ultimo exame pedido eu fiz no sabado dia 17/04/2010 agora vou agardar tenho muita dificudades para andar. Tenha força amiga porque somente DEUS pode nos ajudar,um grande beijo...
Oi Nilce querida, o mais importante de você nunca muda, é a pessoa maravilhosa que você é. bjs
Tadinha, amiga.
Eu tenho tanto medo de tombo. Minha Bruna já foi para hospitais não sei quantas vezes por causa de tombos, mas ela é criança e tudo emenda mais rápido. Já no meu caso, não tenho mais tanta certeza assim.
Oh amiga, que chato! Ainda bem que vc tem esse super humor, isso te ajuda a sentir menos dor.
Te cuida, menina!
Beijos
Iram
Nossa! Se soubéssemos de antemão certas consequências, né? Enfim, querida, saiba que nada é em vão ou por acaso. Eu especialmente alimento essa certeza. Coragem, viu?
Beijos na alma e abençoada sejas.
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