Quando alguém me perguntou que dia é hoje, soltei uma risada lembrando uma de minhas travessuras de infância.
Ainda não comentei aqui, mas eu fui de tudo um pouco quando criança.
Tímida, feia, magricela, estudiosa, isolada, complexada, me achava pobre e principalmente fui terrível.
Gostava mais de brincadeiras masculinas, tipo carrinho de rolimã, patinete que meus irmãos construíam, do que de casinha ou bonecas.
Na verdade só tive duas e um era boneco: Roberto, adorava este nome.
Também, imaginem filha mulher única, com três irmãos, sou a terceira, e com diferenças de idade de 18 meses cada.
Na verdade formávamos uma escadinha de temerosos.
Não que fôssemos mal educados. Meus pais sempre prezaram muito pela boa educação e principalmente pelo respeito às pessoas, independente de classe social e principalmente aos mais velhos.
Mas isso é assunto para outro post.
Na verdade o que me fez rir hoje pela manhã foi a lembrança de uma de minhas traquinagens.
Idéia era o que não me faltava.
No meu tempo de infância, foto colorida era só de binóculo.
Não binóculo para olhar estrelas, apesar de que, de vez em quando eu enxergava algumas dentro daquele pedacinho de plástico em formato de cone retangular com lente de aumento.
Para quem não é do meu tempo vou postar uma foto e tentar explicar.
Dentro disso, nesta parte branca ficava um micro filme, hoje se chamaria de slide, que ao olharmos pelo lado menor que continha uma lente, via-se uma foto bem bonita, se a pessoa fotografada fosse bonita, claro.
Naquela época, ai que saudades, essa data, “dia da mentira”, era muito divertida.
Não sei como, mas mesmo sabendo, caíamos em brincadeiras mentirosas.
Num dos primeiros de abril da minha infância, tive a brilhante idéia de escrever num pequeno papel:
“Primeiro de Abril”
Desmontei um dos binóculos da minha mãe e com muito cuidado coloquei o papelzinho no lugar do filminho que ficava lá.
Coloquei no bolso do guarda-pó, nosso uniforme, e lá fui eu para a escola. Eu devia ter uns 8 ou 9 anos.
Como era muito comum termos fotos em binóculos, quando alguém aparecia com algum, todos queriam ver.
Imaginem então quando, durante a aula, resolvi dar (de propósito, claro) uma olhada no meu. Agucei a curiosidade dos colegas.
Não lembro quem foi o primeiro que viu, mas lembro quem foi o último e muito bem.
O primeiro olhou, fez uma cara estranha, mas logo entrou na brincadeira e disse: “que bonitinho”.
Ninguém contava do que se tratava, mas todos queriam ver e viam.
Para minha infelicidade, quando chegou a quase todos os alunos da sala, não agüentei e comecei a rir.
A professora queria saber o porquê e fui descoberta.
Resultado: fui parar na secretaria.
Mas nada que a diretora não achasse graça também e ainda fui parabenizada pela criatividade.
Só que mesmo assim tive que levar a “maldita cartinha” de advertência para casa o que me ajudou a levar mais uma surra de vara de marmelo da minha mãe pela traquinagem.
Nada que já não fosse bem acostumada.
Feliz “Dia da Mentira” a todos!
Bjs no coração!
Nilce
2 comentários:
Esses dias mexendo nas coisas da minha mãe, acabei encontrando um binóculo desses, quando olhei na foto, tinha eu e a Ká com uns 2 aninhos, além da saudade enorme que senti dela, quem me segurava no colo era meu pai, agora virou minha relíquia!!!!
beijos e ótima páscoa
KKKKKKK só você mesmo...
Sempre criativa......
Sabe,vieram as lembranças de sala da aula(ginasio rs)
Que saudade.....
Bjs minha amiga amada e tão querida.
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