Minha infância, minha vida, meus amores e dores; minhas idéias e meus ideais; idéias alheias, conversação entre sorrisos e lágrimas, tudo contado de uma maneira gostosa e com uma pitada de bom humor por uma pessoa FELIZ!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Saudável? Bom para a saúde? Onde?



Ontem, vi uma reportagem na TV que me deixou indignada. É nestas horas que penso como o Jô Soares: “como pude viver todo esse tempo sem essa informação”.

Acho que vou abolir jornalismo também do meu cardápio televisivo.

A dita cuja “reportagem”, falava que cientistas descobriram que coisas chamadas por nós de “gostosas”, viciam.

O mundo é viciado. Tudo que é gostoso faz mal. Puxa que novidade!






















fonte

Será que já não sabíamos disso há muito tempo?

Meus filhos sempre foram, e mesmo agora adultos continuam viciados em refrigerantes, bolachas recheadas, os chamados “fast foods”, chocolates, etc., sabem que não é bom, mas abusam.

Isto os ensinei desde pequenos, não adiantou muito.

Claro, têm tudo ao seu alcance.

Pergunta se eu era viciada nisso quando era criança ou na adolescência?

Refrigerante, só de garrafa, marca bem conhecida; bolacha, só Maria.

Meu pai comprava de quilo e no meio vinham algumas açucaradas, eu roubava todas, “era viciada”, eheh.

Chocolate, só na Páscoa.

Éramos viciados em docinhos simples, paçoquinhas na escola (hum, que delícia), doce de abóbora de coração, suspiro, doce de geléia em copinho comestível...

Será que tudo isso já não fazia mal?

É evidente que se há alimentos diferenciados e uns mais saborosos que os outros, não vamos escolher o pior quando podemos comprar o melhor, o mais gostoso.

Será que uma criança que mora numa região sem água, luz ou que não tenha condições de ter certos tipos de alimento vai ter esse tipo de vício?

Então, fiquei pensando, os cientistas tiveram o trabalho de alimentar ratos com tanta guloseima para descobrir isso?

Gastaram tanto dinheiro numa coisa tão evidente.

Quanta criança poderia comer pelo menos um pequeno pedaço de chocolate nesta Páscoa com todo esse dinheiro gasto nessa pesquisa.

E garanto que não iriam ficar viciados.

Acabei ficando feliz! Descobri que tenho poucos vícios até.

Se alguns médicos vivem me dizendo que os medicamentos que uso viciam, imaginem o que falaram da reportagem sobre o aumento de cerotonina, endorfina e a destruição rápida das mesmas no cérebro pelo vício dos “deliciosos” alimentos.

Guloseimas que causam prazer e aumentam os componentes do cérebro responsáveis por essa sensação.

Não tenho nenhuma doença destruidora, só dores insuportáveis, mas nunca senti prazer algum, a não ser alívio, uma vontade de cochilar um pouco pelo cansaço e vontade de voltar a viver, quando tomo meus medicamentos.

Seria ótimo se só um chocolate resolvesse. Pena que não sou “chocólatra”.

Na verdade, tudo o que consumimos está cada vez mais perigoso para a saúde.

É colesterol, triglicerídios, glicose, e sei lá mais o quê.

Em tudo isso muita coisa me intriga também: se tanta coisa faz mal à saúde, porque nossos avós vivem tanto tempo?

Os estudiosos do assunto estão aumentando cada vez mais a expectativa de vida, se a violência cresceu tanto?

É para bagunçar o cérebro, de nós meros mortais.

Tiraram da gente, principalmente para alguém como eu que nasci e me criei acostumada com isso, tudo o que fazia mal, segundo os médicos.

Carne de porco, banha, frango caipira (tem colesterol), caldo de cana feito em casa (açúcar puro, pode dar diabetes), verduras frescas do quintal (tem vermes), e tantas outras coisas que poderia enumerar aqui.

Foram substituídos por industrializados que num passe de mágica também fazem mal e temos que mudar o estilo de vida novamente.

Na verdade, tenho medo de nos proibirem de comer, beber, respirar, para termos uma vida saudável.... que saudável é esse?

Todos têm conhecimento do que falo.

Só que tiraram tudo isso da minha avó materna, por exemplo, quando ela já tinha 80 anos.

Isso porque ela nasceu com um problema congênito no coração.

Judiação, ela se foi no ano passado com 87 anos. E até o fim não aceitava muitas novidades não. Refrigerante gostava muito e água de coco, coisa mais incomum para sua época.

Eram seus vícios. Caduquinha, coitada. Não, isso não existe mais. Ela vivia dizendo e minha mãe ainda diz: estou caducando!

Estudaram e deram nome para isso. É uma doença e com um nome bem bonito: “mal de Alzheimer”.

E ainda descobriram que esse mal se desenvolve porque as pessoas deixam de usar o cérebro.

Minha avó nunca deixou.

Acho que a solidão é que o faz funcionar mais ainda, pensar mais no passado e deixar nossos velhinhos mais deprimidos.

Ainda volto ao assunto, mas por enquanto, acho que vou preferir ficar caduca mesmo!

Bjs no coração!

Nilce

1 comentários:

Iram Matias disse...

Nossa, Nilce

Me deu água na boca! Sacanagem! Paçoquinha, doce de abóbora... vc pegou pesado neste post.
Aaaamo, essas porcarias! Tô nem aí também no que vicia. Não sendo drogas. Acho que vc tem toda razão. De hoje em dia tudo que a gente gosta, dá cancer, é imoral ou engorda.
Mandou bem, viu!
Beijos

Iram