Meu irmão mais novo e eu. Foto antiga, hein?
Nela, tínhamos, eu, 4 e ele 2 anos e meio
Estando só, como agora, começo a lembrar da minha infância. Coisas muito boas, outras nem tanto, mas que fazem parte de uma época muito feliz.
AHÃ, pensaram em outra coisa, né?
Tenham paciência, pois o “causo” de hoje vou ter que contar em dois capítulos, senão vocês cansam de ler e eu de digitar aqui.
O que me veio à lembrança foi um acontecimento, que na época para mim foi muito marcante e triste, “tristonho” eu diria, e agora engraçado. Melhor, muito engraçado.
Eu acabara de completar cinco anos e meu irmão mais novo tinha três anos e meio.
Não me lembro o motivo, com certeza uma grande traquinagem, mas levamos uma bronca de nossa mãe e foi aí que tomei uma decisão.
Grande decisão para minha idade: “Vou fugir de casa”.
Mas como eu iria e deixaria meu irmãozinho, que eu amava tanto (se pudesse e minha mãe deixasse batia nele todo dia, ô polaquinho ruim...), ali com meus irmãos mais velhos e com meus pais que só sabiam brigar.
Na verdade não queria era ir sozinha. eheh. Coisa de criança.
Resolvi então que ele iria junto.
Arrumei a “bagagem”.
O cobertor do meu irmão, o meu, nossos lencinhos, nossas chupetas, algumas bolachas e claro, a mamadeira dele. Com leite frio e açúcar.
Ajeitei tudo na sacola de compras da minha mãe, peguei-o pelo bracinho (acho que até hoje ele nunca entendeu nada) e subi a rua do lenheiro, na outra esquina de casa, sem rumo certo.
Quando chegamos na avenida principal, Av. Brasil, quatro quadras acima, meu irmão estava cansado, suado e já chorava de canseira.
Como, atravessando a avenida chegávamos ao parquinho, foi lá nosso primeiro descanso. Era logo depois do almoço e o calor muito forte, pois estávamos no verão.
Não lembrei que precisaria de água, mas como haviam muitas torneiras pelo caminho, não passamos sede. Tomava água nas mãos feito concha e assim servia meu irmão.
Depois do descanso, brincamos um pouco e seguimos nossa “viagem”.
Amanhã eu conto o resto...
Bjs no coração!
7 comentários:
A foto é uma ternura, viu? E, amiga adoro suas histórias, você devia publicar, a sério. Dum certo ponto de vista, foi a sua primeira escolha duma estrada menos percorrida, a que recusa a norma colectiva, a da consciência individual. Claro que aqui tudo vai ter imagino um final feliz, mas quando adultos, ás vezes, essas são as estradas mais solitárias, mas nem por isso as erradas.
Amei seu texto!
Ternuras doces
Oi Nilce!
Nossa, que aventura hein!
Queria ser uma mosquinha pra ser cúmplice dessa viagem!!!
Agora fiquei curiosa pra saber a outra parte, me conta, me conta... rs!
Amei a fotinho de vcs comendo a melancia!
Bjs querida, ótimo fds!
Oi, Alexandre, Margarida e Denise.
Hj eu termino a história. É muito verdadeira mesmo.
Foi a primeira grande decisão da minha vida.rsrs
Em cada reunião de família é assunto certo.
Minha mãe fala até hoje, "Ah, se eu soubesse... Teu irmão era muito fraquinho..." Essas coisas. Mas ela me protegeu muito por ser a única menina. Azar o dele, rsrs, que teve que tomar leite de cabra pra sobreviver.
Somos grandes amigos, além de irmãos.
Bjs no coração!
Nilce
Vou esperar pela continuação da história... Estou adorando!
Bjkas e um ótimo final de semana.
Sempre foi guerreira e lutadora heim! Desde pequena!
Gd bj
kkkkkkkkkkkkkkk menina o que várias de nós já pensamos ao levar um esporro federal dos pais, vc pensou e fez.... menina que loucura! Ai,ai!
Vou lá ler o restante!
Bjo, bjo!
PS: Amei a foto! Muito fofinhos!
Ô Nilce, li primeiro a segunda parte...mas vc era levadinha ein? Coitado do "polaquinho"....teve que embarcar na sua aventura! Adorei, conte-nos mais estórias da sua infância.
Beijão
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